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A Gazeta do Repórter

Informar e acompanhar a cultura, desporto e reportagens. Dar voz a quem não a tem e dar destaque a quem merece ser destacado!

Á Conversa com o Ator Mário Oliveira, o"Fahad" da Novela"Prisioneira" da TVI

13.12.19 | Rogério Rosa

Eu e Mario Oliveira.jpg

          Quando me propús entrevistar o Mário, não tinha ideia de qe era a entrevista mais informal que tinha feito até ali. Com aquele ar muçulmano, que carateriza a sua personagem na novela da tvi, a “Prisioneira”. Digamos que, um ar assustador, mas ao mesmo tempo engraçado.
O encontro deu-se na passada 5a. feira, 3 deste mês de Outubro. 15h30 na Padaria do Bairro. Um sitio bem propício ao sussego.
          Antes disso, fui ver no google, quyem era afinal Mário Oliveira e o que fez até chegar ali. Mal ver, um enorme curriculo, pormenorizado desde que começou, até a este ultimo projeto. Nuncxa tinha visto nada tão bom curricularmente, desde trabalhos, nomes das personagens, realizadores, produtoras e canais de televisão.
(26/11/1988 | Altura 1.75m | Olhos Castanhos | Cabelo Castanho
Formação
Teatro (resumo desde 2006)
Televisão (resumo desde 2011)
Publicidade (resumo desde 2011)
Cinema (resumo desde 2009)
Data 2010 2004
Data 2013 2013 2013 2011 2011 2010 2010 2008 2008 2007 2006 2006 2006
Data 2019 2019 2019 2018 2018 2017 2017 2017 2016 2016 2016 2015 2015 2014 2013 2012 2011 2011
Data 2013 2011
Data 2019
2018 2012 2012 2011 2010
2009 2009
Curso Full Training Program Stanford Meisner Escola Profissional de Teatro de Cascais
Formador | Escola John Frey –
Espectáculo “25 de Abril – Historia de uma Revolução” “Matemático Mania” “A Historia da Implantação da República” “O Homem Mais Rico do Mundo” “Falar Verdade a Mentir” “Auto do BI” “Por Linhas Tortas” “Falar Verdade a Mentir” “A Cozinha” “À Procura de Jerzi Grotowski” “Improviso de Versalhes” “Lovers” “De menina Cascais a Cascais menino”
Título “Prisioneira” “Baegabondeu” “Alma e Coração” “Valor da Vida” “Jogo Duplo” “Ouro Verde” “Espelho d’Água” “Ministério do Tempo” “Rainha das Flores” “A Impostora” “Aqui Tão Longe” “Coração D´Ouro” “Poderosas” “Água do Mar” “Fábrica dos Pentes” “Almas Penadas” “Elena” “A Última Ceia”
Marca | Campanha Nívea Heineken
Título “Expatriate”
“Mutant Blast” “Al Fachada” “A Rapariga da Máquina de Filmar” “Banana Mother Fucker” “Os Montros Somos Nós”
“A Carteira Roubada” “O Rim”
Encenação | Local Companhia de Teatro EDUCA Companhia de Teatro EDUCA Companhia de Teatro EDUCA Nelson Mon Forte Laura Valadas Nelson Mon Forte Henrique Martins Isabel Parreira Carlos Avilez Carlos Avilez Luís Rizo Luís Rizo Ricardo Carriço
Personagem Fahad – Amadi Advogado Traficante Terrorista Traficante Líbio Joaquim de Sena – – Homem X – – Sheik Rashid
Ricardo Igor Martins –
Destaque Protagonismo Protagonismo
Personagem Bandana
Carlos Al-Zimborah Igor Martins Realizador Biting Zombie
Luis Rui
Produção | Canal Plural Entertainment | TVI Zak Productions SP Televisão | SIC Plural Entertainment | TVI Plural Entertainment | TVI Plural Entertainment | TVI SP Televisão | SIC Just Up | RTP SP Televisão | SIC Plural Entertainment | TVI SP Televisão | RTP SP Televisão | SIC SP Televisão | SIC Coral Europa | RTP 1 Canal Q RTP 1 RTP Sigma 3
Produção – Box
Realizador | Produção Renato Lucas | Expatriate Pictures Fernando Alle | Alle Films Guerrilha André Vieira Clones Produções Marco Daroeira e Guilherme Trindade | Escola Superior de Comunicação Social Universidade Lusófona Fernando Alle
Idiomas Skills
Português | Inglês)#hit management(Agência que o representa)
Uma conversa onde não havia a tenção jornalistica, mas entre colegas do mesmo ofício. É sempre importante conhecer gente e o seu outro lado da profissão. Para tal, é preciso ficarmos do lado do público, fingir nada sabermos e fazer as perguntas, que sabemos, que são a curiosidade do público. Muito bom, muito útil e a repetir em tertúlias entre atores conhecidos com atores menos conhecidos, só assim, podemos nos envolver em projetos e, termos todos as mesmas oportunidades de trabalho.
Aqui fica o que foi esse encontro muito rico e muito útil.
Deixo aqui, os meus agradecimentos ao Mário com desejos de muitos exitos, e que tenha muita saúde para novos projetos, quer seus, quer de outros que possam surgir, bem como ao seu bebé Dinis e mãe.

 

Hospital Ordem Terceira- o Agradecimento!

13.12.19 | Rogério Rosa

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          Ontem, fui ao Hospital Ordem Terceira, porque tinha um exame para realizar. No registo de entrada, reparei que afinal não era ontem, dia 5, mas hoje, dia 6. Estava mesmo convencido que era dia 5. No entanto, não sei se por pena ao me verem assinar os papeis com a cara quase encostada ao papel, mas o facto, é que acabaram por me atender. Fui para o piso 1, depois de ser chamado. Esperei ainda algum tempo, pois teria de ficar para último. Finalmente fui chamado. Fui atrás do Enfermeiro, André, que me disse, que teria de me despeir, e vestir uma bata e apenas ficar em meias. Coloquei a roupa num cacifo e desloquei-me para uma maca, onde me deitei. Fui tapado e antes de seguir viagem para o referido sitio do exame, colocaram-me o soro. Ao meu lado um doente ressonava bastante, e pouco tempo depois, lá acordou, chamou a mulher, a Médica apareceu para o descansar e o mandar embora. Eu, lá fui com a Médica e um dos enfermeiros. Pelo caminho fomos falando, sobre quem eu era, o que fazia. Respondi, que era ator profissional e jornalista. Com uma certa surpresa por parte da equipa, ia falando dos meus trabalhos em cinema e televisão. No fundo, segundo a Médica, é um procedimento normal, para tranquilizar o doente para que não se sinta ansioso, nervoso e que esteja o mais tranquilo e solto possivel. Depois ao chegar ao local do exame, lá fizeram os procedimentos, fomos conversando e a ouvir o que eles iam falando entre si. Acima de tudo, sobre o futebol, já que o Benfica ia jogar ás 20h. Num ápice de segundos, deixei de ver, ouvir e falar. Passados alguns minutos, acordei por mim e estava de novo no ponto de partida.
Uma equipa profissional, que além disso mesmo, eram sociáveis e que promoveram um bom ambiente, onde a descontração era o lema. Muito simpáticos! De facto, ia com uma certa expectativa pouco positiva, apesar de me terem dito que era fácil, rápido e simples. Quando vamos para um hospital, tudo nos parece mau, doloroso e impessoal.

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          Num tempo em que estamos, que só se fala mal e com alguma razão dos Médicos e suas negligências, falta de profissionalismo, de ética e porque não, falta de vocação, quero expressar aqui, a minha gratidão pelo atendimento, a que ontem fui sujeito no Hospital Ordem Terceira. Um exame, que erradamente me precipitei um dia, mas que mesmo assim, acabaram por me fazerem. Um exame de rotina, que teria de fazer, colonoscopia! Era primário, uma estreia! A equipa que me atendeu do Serviço de Gastrenterologia, os Enfºs: André, Luís e Patrícia Martins, a Dra Suzette Silva e Maria Teresa Oliveira, a anestesista. Obrigado!

Israel cria Aplicação GPS oara Cegos

13.12.19 | Rogério Rosa

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          Em Israel, não é só um país em guerra religiosa, é também um país que se preocupa com as pessoas com necessidades especiais como os cegos e para eles, criou uma aplicação em gps, onde se podem guiar sem necessidade de terem pessoas de apoio.

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Cristiano Miguel, um "Filho" que se tornou ingrato!

13.12.19 | Rogério Rosa

 

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          Estive a trabalhar num infantário, durante 15 anos. Neste infantário, muito aconteceu, quer de bem, quer de mal.
Uns ligeiros contratempos, fizeram com que Cristiano, não fosse como sempre para casa da avó. Esta ficou doente e sem conseguir ir buscar o neto. A mãe, estava presa e o pai, impedido de o ter. Restava a irmã, que vivia portas meias comigo. Era uma 6a. feira. eu tinha aulas na Gil Vicente. Pelas 19h30, fechei tudo enquanto o Cristiano andava atrás de mim. Mandeio-o ir buscar a mochila e lá fomos nós, rua acima em direção á Graça. Ele de mão dada comigo, pois passava a ter a grande responsabilidade de ter uma vida nas minhas mãos.
          O Cristiano, tinha 7 anos, um pouco reguila, mas muito atento, meigo e bem bonito!
Entrei com ele na Gil Vicente. Na entrada, avisei o segurança, que o menino não podia sair da escola sem mim. Ele tinha um jogo chamado diablo, onde ele tinha de se entreter sozinho. Nunca na minha cabeça, passou a ideia de levá-lo para casa, fechá-lo á chave e ir para as aulas. Seria uma grande responsabilidade da minha parte. Tinha que tomar conta dele, como se de meu filho se tratasse.
Ele ficou no corredor das aulas e antes, disse-lhe que fosse para o quintal e que não saisse de lá, a não ser para vir ter ali, áquele corredor, pois a auxiliar, já sabia. Fui para as aulas mais ou menos descansado. No intervalo, estava ele no corredor sentado, cansado e com sono. Eu, fui chamá-lo, leveio-o ao bar para comer qualquer coisa e depois, foi comigo para a sala de aulas. Leveio-o para o fundo da sala e dizendo-lhe para por a cabeça nos braços e dormir, que depois o ia acordar para irmos embora.
          Chegamos a casa, fiz mais qualquer coisa para se comer, depois, mandeio-o á casa de banho fazer xixi e deitar-se. Tinha a televisão no quarto. Disse-lhe para tirar as meias e as cuecas, para as lavar, já que não tinha mais roupa nenhuma dele e tinha de ser lavada sempre!
          O fim de semana, de manha dei-lhe o pequeno almoço. Fiz a cama, tomei o pequeno almoço e fomos dar um passeio. Fomos até ao bairro alto, tirar fotos. Vi nele, o Cristiano diferente do infantário. Fomos para casa, estava lá a irmã dele na sua casa na porta da frente. Disse-lhe que fosse lá dar um beijo á irmã e aos bebés dela, enquanto fazia o almoço. De tarde, fomos até Belém. Fomos nos elétrico. Ele todo contente! ia no banco á minha frente, daqueles individuais. Leveio-o ao jardim, á beira rio e lá andámos até casa.
          Em casa, jantámos, ele brincava até á hora de ir para a cama. Eu, lavava a loiça e mais tarde, fomos dormir. Já de madrugada, ouvi na casa da irmá dele, os bebés a chorar. Um de 8 meses e outro de 18 meses. Não estava ninguém para os calar. Os pais, tinham saído e os deixado a dormirem. Ao que soube, tinham ido para a discoteca e chegaram pelas 5h da manha. Enquanto eu olhava o Cristiano, que dormia profundamente ao meu lado, pensava que também ele, poderia estar ali sozinho na casa ao lado, sem mais ninguém a não ser os sobrilhos.
          De manha, acordeio-o e fomos para o chuveiro. Começava uma aventura para ele e ao mesmo tempo para mim. O chuveiro ficava no corredor, onde era uma partilha entre os vizinhos daquele patamar. De repente, não me lembrava que não havia água quente e que ele, um miudo de 7 aos, nao podia deixar de se lavar. Não podia andar porco e ainda por cima, saberem que estava sob minha responsabilidade. Não havia outra forma. Tomámos banho juntos. Laveio-o, ensaboeio-o, tirei-lhe o sabão com a água fria e eu tb. Ele, tremia como varas verdes. Enroleio-o numa toalha e disse-lhe, que não havia água quente, mas não podia o deixar ir sem se lavar. Quase me emocionei e só faltou lhe pedir desculpa por isso!
          Fomos entáo rua abeixo em direção ao infantário para mais um dia de brincadeiras para ele e aulas e para mim, de trabalho. Ao fim da tarde, tudo se ia repetir. Irmos os 2 de volta para a Gil Vicente, onde ele ia para a minha aula, fazer alguns trabalhos de casa, acabando sempre por adormecer. As professoras e auxiliares, também estavam a simpatizar com ele.
          De novo na 6a. feira. Fechámos o infantário e lá fomos rua acima para a minha escola. Segurança avisado, auxiliares atentas e por vezes a tomarem conta dele, enquanto eu assistia ás aulas. Depois das aulas, fomos para casa. Quase 23h. Comemos qualquer coisa. Em casa, ainda se ouvia a irmã e o cunhado do Cristiano a falarem. Assim como eles nos ouviam. Fernando, era o companheiro da irmã, um rapaz de 19 anos e já com 2 filhos bebés. Fomos ver televisão e não passou muito tempo para o Cristiano adormecer.
          Nessa madrugada, eram mais ou menos 6h da manha, os bebés estavam sozinhos, mas a Teresa, a vizinha de baixo, tinha as chaves e foi lá buscá-los, como já era costume. Eles chegaram mais ou menos pelas 6h30.

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          Este fim de semana, fomos ao Bairro Alto. Subimos á Misericórdia e disse ao miudo que se colocasse junto do cauteleiro de bronze, para lhe tirar uma foto.
No Domingo, fomos para o Castelo de S. Jorge. Sentei-me e vi a alegria dele. Corria, andava com o diablo atras dele. Depois fomos para o miradouro. Tirei-lhe algumas fotos para se lembrar mais tarde, quer ele, que eu!
          De novo entrámos na 2a.feira e os banhos também. A semana toda, feita entre o infantário e a Gil Vicente. Nas manhas de semana, os banhos que já não o faziam tretemer tanto. Mas, lá no Infantário, as pessoas ja diziam, que ele nunca tinha andado tão limpo, desde que estava sob minha responsabilidade. Era bom de ouvir.
          A 6a.feira de volta e o ritmo ia manter-se, entre nós os 2. Nunca tinha tido a sensação de “pai”, onde um “filho”, tão obediente tinha arranjado.
          Mais um fim de semana. Mais uma madrugada de acontecimentos. Desta feita, o pai dos bebés estava em casa. A mãe, irmã do Cristiano, não estava e foi impedida de entrar. Desavenças entre eles. Pelas 5h, eu estava acordado e ouvi a mãe nas escadas a chamar o companheiro, que se negava a abrir a porta e a policia, insistia para que ele abrisse. Estiveram nisto do abre não abre, cerca de mais de meia hora. Um dos bebés chorava mais que o irmão. Olhava o Cristianinho, que não se apercebia de nada e dormia profundamente. Passava-lhe a mão pela cabeça dele e pensava, se não tivesse sido bem melhor ali a dormir, se eu tivesse de facto, entregue á irmã. Aliás, não entreguei, não porque não quisesse, mas pelas faltas de condições, que a irmã tinha para acolher o irmão naqueles 15 dias.
          O Cristiano Miguel, fará sempre parte da minha vida!
Mais tarde, mudei de casa mais para S. Vicente e o Cristiano foi passar o meu aniversário que era num fim de semana. Passeou-se de novo e as confições já eram outras. Tinha á espera dele, uma coisa fantástica, água quentinha!.
          A avó melhorou um pouco, mas agora havia um outro problema. O Cristiano tinha outro meio irmão, o Tiago, que era a outra avó que o ia buscar ou o pai. O pai, era mais destraído e alcoólico e a avó, uma senhora adoentada. Tinha pouca saúde para andar a ir sempre buscar o neto. Uma vez, Estava eu com o neto no infantario ás 22h. Nunca mais o iam buscar. Então ligou-se á coordenadora para saber o que se podia fazer e ela lá aconselhou levá-lo a casa da irmã, minha vizinha. Eu leveio-o ao colo e mais uma auxiliar fomos á Graça para saber se a irmã lá estava. Não estava e fui com ele ao colo, a casa do pai do Cristiana podendo a irmã lá estar e nada. Voltámos depois para o infantário. A auxiliar lembrou-se que uma colega nossa morava de fronte da casa da avó dele e ligou-lhe. Depois de dar o número da porta e o andar. Voltei a sair com o miudo ao colo e com a auxiliar e lá fomos pelas 23h15, conseguimos entregar a criança á avó. Ela, ficou muito admirada pelo neto ainda estar no infantário, já que o filho dela, pai do miudo, tinha saído de casa para ir buscá-lo ás 19h. Foi para outros lados em vez de ir buscar o filho. O mais estranho, é que também ainda não estava em casa.
          Ainda me lembro de o Cristiano me ter dito que gostava que eu fosse o seu pai. Respondi que ele tinha pai, fosse ele o que fosse. Disse que não gostava dele, que era drogado. Tentei o mais que pude defender o pai, pois, pai é pai, ser bom ou ser mau. Tinha de o ajudar um dia ser um bom pai e foi esta conversa que fomos tendo pela rua abaixo, até ao infantário.
          Foi a última semana que ia ter mais uma vez, um companheiro de noite e fim de semana. Gil Vicente ida ao bar, antes das aulas e depois, ir brincar vigiado pelos auxiliares da escola. De volta a casa sempre de mão dada, não fosse o diabo tecêlas!
          Fim de semana de elétrico, elavador e até metro, andámos.
          Na 2a. feira, a meio da manha, fui chamado á Psicóloga Joana. Conversámos sobre a minha aventura de”pai” durante os 15 dias e até noutra época especial aniversário, que o levei de novo. A conversa foi bastante emotiva e uma das hipóteses seria ficar com ele. Houve uma pergunta, se eu estaria disponível a adoptá-lo. Um momento em que me emocionei, pois foram vividos com muita intensidade e da parte dele, até já me considerava um”pai”. Contei-lhe a conversa que tive com ele sobre o pai e de facto, disse-lhe, que eu não estava ali para substituir o pai, mas um amigo, uma espécie de irmão mais velho.
          A Joana, disse que o processo ia ter inicio, mas que a adopção a ser aceite, eu seria o preferido, mas mais tarde, acompanhando o que se iria passar, foi então que soube, que o Cristiano e o Tiago, meio irmão, iriam então os 2 para a Casa Pia de Lisboa. Fiquei contente na mesma. Uma instituição de acolhimento, onde estarão juntos.
          Anos depois, foram de visita ao infantário. O Cristiano, estava tão bonito, ja com uns 18 anos com o Tiago. Falei com ele , onde se lembrava de tudo o que fiz por ele, mas não me ligou mais nem tirou nenhuma foto comigo com aquela idade e depois pedi, que desse á mãe para me trazer, disse que sim, pois nao tinha nenhuma ali. Passados mais de de 8 anos, nunca mais o vi. Nem encontro a págima dele no facebook.
          Não há pior que a ingratidão. Onde se faz o bem, onde damos toda a atenção, amor e carinho, passeios. De lembrar que, nunca o deixei fechado em casa. Que o levei sempre comigo para a escola á noite. Que o levei a passear, a dar-lhe banho, a lavar-lhe a roupa interior e até camisola e calças. Hoje, infelizmente, parece não ter contado nada!
          A mãe, saiu da cadeia, foi informada sobre a estada do filho em minha casa e nunca me agradeceu! Dei uma foto em poster grande do Cristiano, tirada em minha casa á avó, ficando com uma igual. Foi a única que agradeceu.
         Sempre que olho as fotos do Cristiano, sinto saudades daquele tempo com ele. O que mais me entristece, é a falta de gratidão!

O Preconceito Nunca deixou de Existir!

13.12.19 | Rogério Rosa

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          Na minha vida, não se tem passado mais do que sofrer de preconceitos. A deficiência visual, é tida como cegueira para muitos. As reações são diversas, mas têm sido em diversos sítios.
Na 6a. feira, fui fazer um teste disgnóstico no Citeforma. Os testes que eram na verdade 3 para o curso de formação de Rececionista de Hotel. Os testes era de captação de inteligência. Uma coisa estranha, porque para um curso daqueles, se os candidatos tinham de ter o 12º ano, á partida, teriam de ser inteligentes. Tive no último teste, bastante dificuldade pois tratava-se saber sobre as peças de dominó. Neste ponto devo ter errado muitos exemplos. Como o curso ia começar dia 18, tinham de fazer as coisas mais apressadas e corrigir, para que os que passassem, teriam de saber á noite por email. Os que iam passar, teriam de ir na 1a feira, para um pequena reunião de grupo. Na 2a de manha, recebi o email, que me informava que infelizmente, não tinha passado á fase seguinte. Obviamente, que não foi por causa dos diagnósticos, mas por ver mal, já que despertou a atenção das técnicas, que ficaram um pouco incomodadas pelo que estavam a ver, enquanto eu ia fazendo o teste.
          Notou-se logo que, era preconceito de que, eu a ver assim, não poderia vir a ser rececionista de Hotel. Ora eu, que fiz 19 cursos de formação profissional, desde Animação, Geriatria, Produção Multimédia, Jornalismo e Técnico de Saúde com estágio hospitalar, não ia ser capaz de fazer aquele curso?
          Outro episódio aconteceu com um programa da RTP-2. Chamado “Tanto Barulho para Nada”. Fiz a candidatura como tinham anunciado no programa. Um programa onde vai toda a gente de todas as profissões. Eu, enviei com a indicação de que era ator de cinema, tv e teatro, bem como jornalista e acima de tudo, deficiente visual. Onde o objetivo, seria mais uma vez, mostrar que nós, deficientes temos o mesmo direito de oportunidades de divulgar, mostrar e ser acarinhados por isso. Levaram bastante tempo a responder, mas esta semana responderam. O que disseram, foi que, analisaram a candidatura de ir ao programa e que infelizmente não encontraram relevância nisso. Ora, vai lá tanta gente e de mais variadas profissões e eu, que ia mostrar que os deficientes são tao capazes como todos os outros e não era relevante?
Outro episódio, este passou-se num café onde tenho ido sempre, o Café Brasil ao Bairro Alto. Ontem fiquei perplexo, ao ouvir falar de mim comigo, como se eu não estivesse lá. Muitas vezes metiam-me a meia de leite e o pão ou bolo que eu e a mulher pedimos e ele, o empregado, colocava e ia dizendo “Pronto, está aqui”. Ou seja, um tratamento como se eu fosse um cego ou sem abrigo. Ontem, entrei, sentei-me e passado um bocado o empregado veio ter comigo para saber se queria alguma coisa, respondi que estava á espera. Foi para o balcão, comentar alto que com outro empregado e a mulher, passado um bocado, sobre se eu tinha pedido alguma coisa, e o empregado, respondeu, que “ele disse que estava á espera”, se calhar nem está”. Depois, continuou a comentar “A Mulher agora vem sempre sozinha de manha, ele já não vem. Deve estar á espera da mulher, que o venha buscar”. Quando a mulher chegou, o empregado respondeu entre ele e o colega “Afinal, estava mesmo á espera da mulher”. Ora isto, revela falta de profissionalismo. Na hotelaria, nenhum empregado tem o direito de fazer comentários sobre os fregueses, sejam na sua frente, seja quando estes se ausentam.

"Casados á 1a Vista" - Sic - O que faz esta gente entrar?

13.12.19 | Rogério Rosa

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Nunca comentei sobre as pessoas irem para este tipo de programas. São reality-shows, que mais vende, que mais audiências tem, mas muitas das vezes, não pelos mesmo motivos, nem pelas melhores razões.
A história dos reallyti-shows, já vem de há uns 20 anos com o tão inesperado, insólito e ao mesmo tempo novidade, o “Big-Brother”. Neste programa, era tão autêntico, que nem eles se apercebiam que estavam a ser vigiados. Ficou famoso, o pontapé do Marco á Célia. As aventuras intimas do Marco com a Marta, e as manifestações caricatas do Zé Maria.
Este programa, foi o lançamento de mais uns 4 Bigs, a que se seguiu “A Casa dos Segredos”. Este não trouxe nada de novo, a não ser as compilações dos programas anteriores do “Big-Brother”. Pelo meio, vieram também, as 2 edições do “Big- Brother-Famosos”., onde famosos, se submetiam ao mesmo registo dos anónimos, onde se pode ver entre outros; Vitor Norte, Rita Ribeiro, Lena D!Água, Cláudio Ramos, etc.
Depois vieram outros programas, como “Casamentos á Primeira Vista”, desta feita na Sic. Não nos podemos esquecer de outros menos espalhafatosos como a “Quinta das Celebridades” e o “Circo das Celebridades”, tudo na tvi.
O que de facto nunca se preguntou, o que faz toda esta gente entrar nos programas deste tipo, acima de tudo, os anónimos? Nenhum para promover, revindicar ou provar que tem capacidades para fazer coisas que levem a ter do público, algo de importante.
Pelo que tenho acompanhado, o que leva esta gente é ser famosa, mesmo que pelo pior motivo. Lavar roupa suja, escândalos sexuais, confissões polémicas e de nada irá melhorar depois, as suas imagens fora do écran.
Este programa do”Casados á Primeira Vista”, quer a 1a edição, que esta 2a edição, tem sido o exemplo a não seguir. Ninguém ama ninguém, não suportam o toque e estão lá enquanto são vistos pela tv. As pessoas procuram fama a qualquer custo, mesmo que se submetam a coisas ridículas e impensáveis como casarem sem verem o noivo! Os especialistas que estão a seguir o comportamento, e as atividades que lhes vão dando, para verem onde conseguem evoluir, mostram que para eles mesmos, também não acreditam que algum casal, vai permanecer, depois do programa terminar. Eu acho, que nenhum irá continuar. Enquanto houver câmaras ligadas, estarão de facto, a inventar e a sobretudo a mentirem a si próprios que poderão vir a amar-se para a vida.
Os jantares de grupo têm sido a prova disso. Confessam coisas pessoais, dizem coisas que não tem interesse e depois do jantar, já se pode ver, o que cada um diz do outros, que é exatamente o contrário do que vemos.
Não posso deixar de enaltecer a atitude de Ana Raquel, que não gostou do match que lhe calhou no casamento e depois de ir tentando, dizendo mal, estando sempre contra, que resolveu, o que seria de esperar, sair do programa. Já outro casal, resolveu sair do programa e mais tarde, pediram á produção para regressar á experiencia. Ao que parece, pouco veio a alterar ao que eram antes.
O que move toda esta gente, é fama e aproveitarem as viagens de lua de mel que a Sic deu e aproveitarem, enquanto estão a ter semanas de fama.
Entretanto vem aí mais uma edição de “Big-Brother-2020”

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