Luis Mário Oliveiram, um cineasta brasileiro, que veio para Portugal, frequentar o curso de cinema na Universiodade Lusófone e levou para o Brasil, a cultura e sobretudo, o seu olhar sobre o que se aprende e se faz cá. E levava uma sinopse de um filme, que muito queria que fosse filmado em Lisboa, mas graças á pandemia, teve de ser não adiado, mas teve de ser filmado na sua terra natal, S. Luís do Maranhão.
O filme "Yolanda....Mais que uma Canção". Neste filme tem 2 atores portugueses, Carolina Machado e Rodrigo Barreiros.
Nada como o próprio poder explicar sobre o filme "Yolanda",
Envolver atores brasileiros com atores portugueses, é uma lufada de ar fresco. Já acontece com a nossa televisão e com a Globo. Alguns atores portugueses, já são convidados a integrar elenco de novelas. A atriz portuguesa e já falecida Laura Soveral, mais tarde vieram outros atores Paulo Pires e Marque de Arede. Joana Solnado, Ricardo Pereira e Maria João Bastos, são os atores que melhor conhecem a Globo e mais recentemente Pedro Carvalho e Paulo Rocha. O mais importante, sem dúvida, é que haja trabalho, boa relação e ambiente e que todos poossam aprender.
Hoje festeja-se o Dia Internacional do Teatro. É um momento de reflexão. São centenas de atores, que estão parados, outros, já estavam.
Eu estava em ensaios de uma peça o ano passado entes de aparecer a pandemia. Depois, todas as que estavam em ensaios pararam até hoje. A cultura começava a estar mal, mas ficou pior com o falecimento de atores pelo covid.
Para quem é ator, fica sem chão. Falta genica e sobretudo, a falta de ouvir e ver o público presente. A pandemia veio trazer o desespero, a desgraça, a morte e um aumento brutal de infetados.
Há aqueles que sempre tiveram trabalho nas novelas e esses, não sentiram o efeito do desemprego, nem como outros que tiveram de correr ao banco alimentar. Não se trata de criticar, nem de invejar, até porque têm de ganhar a vida, mas sim quem de direito, diretores de programas e de ficção, produtoras ou ainda, a falta de agentes, que possam gerir as carreiras.
Online, é o futuro. Tudo está a ser inédito. Os músicos começaram a reiventar-se através de lives, dando música na net e outros, inclusive nas varandas de casa. O mesmo que aos atores, tem sido mais dificil, porque nunca se pensou que a net, viria a ser mais importante neste Estado de Emergência.
Neste 2º confinamento, as coisas já estão a tomar um rumo diferente. Há mais vontade de lutar, de agir.
Foi um grande desafio, mas ao fim de tudo, a olhar para trás e ver o quanto todos foram enganados. Mas, quanto á minha personagem "Bóris", foi o maior desafio de todos os filmes em que já entrei. Basta que tive direito, a um hino musical da minha personagem. Mas, faltou relações humanas. Apenas nos demos bem, enquanto estavamos a gravar. Durou 4 meses, entre ensaios e gravações, fui criando a personagem sob as orientações do realizador. A personagem deu trabalho na medida em que tinha de ser tatuado, o que levava umas 4 horas. Foi prazeroso. Pensei que depois de tantop tempo, todos passariamos amigos para além da representação, mas foi um balde de água fria. No entanto, diverti-me muito, gozei muito, passeei e representei.
Recordo hoje através do video e de fotos de cena que o diretor de fotografia Joel Reis nos tirou. Foi bom enquanto durou, cada projeto, é único!
Com o aparecimento da pandemia o ano passado, Portugal viu-se num quase beco sem saída. Ninguém alguma vez supunha, ser possível, que viesse a acontecer o que veio a surgir. Um vírus silencioso, de desconhece a expressão “famosos”.
Felizmente que para o vírus não há distinção.Todos sabemos que o vírus não conhece a expressão “famosos”. Logo, para ele são todos anónimos. Consola-me e até me descansa. O que seria da humanidade, se o mesmo conhecesse e só atacasse anónimos. Para ele, vai tudo, sem discriminação de idade, gênero, classe social, conhecido ou por conhecer e Para bem da humanidade, damos graças a Deus por isso.
Vai ser o novo mundo. Nesta tragédia, muita gente começou por se reinventar. Começaram pelo teletrabalho, algo que ninguém estava á espera. Depois foram as escolas e faculdades, que se viram impedidas de continuarem a ter aulas presenciais. O Governo e os seus Ministérios de Educação e Ensino Superior, optaram por criar uma estratégia de aulas online. No entanto, colocou-se outra grande dificuldade, nem todos os alunos têm computadores, noutras zonas do país, a net nem sempre chega. O desespero com tanta morte, com tanto desemprego e com a pobreza a engordar. A loucura dos jovens e o afastamento das famílias e a proibição das visitas aos lares, levam muita gente ao isolamento e ao suicídio.
Neste 2º confinamento, as coisas estão menos dramáticas, mas nem por isso melhores. O que é preciso é Fé, esperança e não baixar os braços. É tudo aquilo que eu não faço, por isso continuo a frequentar formações em várias áreas.
#Fiqueemcasa
Rogério Rosa – Repórter
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