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A Gazeta do Repórter

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Rogério Rosa de Ator a Formando do curso Técnico Auxiliar de Farmácia 

12.07.22 | Rogério Rosa

 

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Artigo de Opinião

 Chamo-me Rogério Rosa, nascido em Lisboa-Alcântara em   1964.                                                                                                         

Estreei-me como ator na Academia de Santo Amaro em Lisboa num concurso chamado FESTIVAL DA MALTA-84. 

Fiz teatro, cinema e televisão, entre novelas e séries, mas como figurações especiais, e uma participação como ator adicional de elenco. Já no cinema, dos 21 filmes feitos, todos como ator principal, secundário e um de antagonista. 

Sou portador de deficiência visual e tenho sofrido desde sempre de preconceito, mas nunca baixei os braços. Tornei-me Bombeiro Voluntário e fui diretor do Chefe de Gabinete do Corpo Nacional de Intervenção Civil. Daí ter frequentado o Curso Técnico Auxiliar de Saúde com estágio hospitalar.  

Por ser difícil a vida artística e por só darem trabalho aos que já têm trabalho, fui obrigado a frequentar cursos de formação Profissional e acabei por vir parar ao Curso Técnico Auxiliar de Farmácia, promovido pelo Iefp.  

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Eu não me tinha apercebido, que não tinha visão para trabalhar em farmácia, só mesmo quando entrei no curso. 

O balanço desta TAF-02, tem sido bem negativo, por várias razões, a falta de organização, a falta de comunicação, são algumas delas. No meu caso pessoal, o facto de não ver para trabalhar nas farmácias comunitárias, leva-me a ficar arrependido de vir para este grupo, mesmo que vá para o backoffice da farmácia, será impensável na medida em que 8 horas num computador, seria um convite á cegueira! Resta apenas um estágio numa farmácia hospital, que não há atendimento ao público.  

O curso tem-me ensinado muito sobre o Sistema Imunitário, o circuito do medicamento, bem como a relação interpessoal a ter e as boas práticas, que devemos ter para com o cliente, quem não se pode perder. Nunca pensei que trabalhar numa farmácia fosse tão movimentado e de tamanha responsabilidade.  

Há ufcds, que se poderiam fundir numa ou em 2, porque acabam por ser quase copypast, mudando apenas os nomes. No entanto ao que me dá a parecer, parece um curso universitário com tanta preocupação com notas, resumos e impressões. Ora sabe-se que não é académico, logo não dá nenhum nível escolar e também há a ilusão de que se fica depois do estágio ou mesmo quem não fique, pensará que vai arranjar emprego nas farmácias sem nenhuma experiência. Depois é o nome do Iefp, que fica em questão, quando se vai falar de estágios nas farmácias, porque querem saber onde estamos a tirar o curso. Olham para o Iefp como Centro de Emprego e não como entidade educativa especializada, muito embora seja também de Formação Profissional. 

No meu caso, não vejo futuro nenhum com este curso, mas também não me posso dar ao luxo de ficar sem nada, no sentido em que não consigo emprego, para as novelas, só regressei á Sic o ano passado, numa participação na novela” A Serra” e este ano, voltei para a novela” Por Ti”. Pois este meio só serve para os Amigos e não para quem se esforçou, tirou cursos de formação de atores e de direção de atores como eu! 

É muito importante, que haja nas revistas das Farmácias, pessoas que possam testemunhar sobre o trabalho que se faz nas farmácias, para quem esteja a tirar o curso. Uma lacuna que há nas revistas de Saúde! 

Para terminar, este curso termina em Dezembro deste ano e os estágios estão previstos para Janeiro de 2023, já no meu caso, só será possível na Farmácia do Hospital da Cruz Vermelha! 

#rorgeriorosa

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