Desmentido sobre o Programa "Júlia", entre outros Órgãos de Comunicação Social
Desde que me estreei como ator em 1984, a convite do Artistides Teixeira, antigo apresentador de televisão. Nessa época, estava a iniciar o Festival da Malta-84. Fiquei de escrever um monólogo para poder participar. Esse monólogo, foi baseado em factos reais, que eu mesmo tinha vivido como sem abrigo, esse monólogo chamava-se "Marco, Um Produto de Esgoto da Cidade" e foi feito no primeiro dia de Festival ou seja, 1 de Abril de 1984. Depois de ter obtido o 2º lugar, fiquei sem fazer mais nada até 1996.
As primeiras peças que fiz foi no colégio, Instituto António Felicino de Castilho. Uma em 1977, chamada "Auto dos 3 Reis Magos" de Gil Vicente. Não tinha mesmo talento! Depois no ano segunte em 1978, fiz a peça "O Astro" de Janet Clair, nome da telenovela brasileira do mesmo nome. Fiz o protagonista "Heculano Quintanilha", papel que n novela foi interpretado pelo ator Francisco Cuoco.
Nunca sonhei ser ator, nem tão pouco sabia o que isso era em criança. Fui criado em colégios de cegos e por isso, não tinhamos sonhos por realizar, pois sabiamos que não podiamos sonhar, pelo facto de uns serem cegos, outros por terem baixa visão como eu.
Todo o percurso, era feito por tentativas. Em 1982, estava a trabalhar na Carris e soube que existia um grupo de teatro. Fui logo saber onde e acabei por participar, numa peça infantil chamada "A Loja do Mestre André", infelizmente não tive nenhuma foto dessa peça.
Em 1996, participei num teatro musical chamado "Histórias de Cançôes n.1" mas como cantor. Fomos representar a peça na Voz do Operário e já depois de cantar, fui para a janela assistir aos ensaios da Marcha de S. Vicente, que estavam em ensaios para o desfil. Mal sabia eu, que no ano a seguir estava nos ensaios.
Como deficiente visual, não disse que via mal e entrei e fui ensaiar. Obviamente, que não ia durar muito sem ser apanhado! No intervalo, fui chamado e tive um minuto para dizer verdade. Por momentos pensei que era convidado a sair, mas tiveram pena e deixaram-me ficar. Fiz como via e fui até ao fim e desfilei na Avenida e no Pavilhão Carlos Lopes com aquela intensidade de luz, mas adaptei-me e fiz tudo direitinho e no final, levei louvores e fui convidado para ir mais 2 anos seguintes, mas desta vez como Aguadeiro, por estar estudar á noite na Escola Secundária Gil Vicente.
Entretanto, como cantor fui cantar ao programa de Rádio Renascença "O Lugar aos Novos", Era um programa em direto do Cinema Mundial, apresentado pelo Fernndo de Almeida, que em certa altura dizia que eu a cntar parecia o artista brasileiro Juca Chaves. Fui lá por 2 x, depois de ter ido gravar aos estúdios da Renascença.´
Em 2001, estrei-me na Tvi, no programa "Vidas Reais", apresentado pelo Jornalista Rui Vasco Neto. Depois passei pela figuração fixa no " Big-Brother-Famosos".
Depois seguiram-se mais participações em novelas da Sic e da Tvi, bem como algumas séries da Rtp.
Foi um percurso de 40 anos, entre teatro, tv e cinema, onde fiz um pouco de tudo.
No cinema, desde que me estreei, nunca me deram figuraçôes, sempre fiz cstings e ganhei os papeis principais, secundários e até de antagosta. Nunca percebi o porquê de na tv, nunca me terem dado sequer o benefício dúvida. Sempre me deram figuraçôes especiais e algumas delas com visibilidade. Fiz depois, cursos de formaçôes de atores, workshops de representação com uma realizadora da Tv Globo Tininha Araújo, cujos exercicios, eram gravar todos os dias um protagonista das novelas, que ela tinha realizado no Brasil e outros workshops de expressão corporal e de dramática. Também acabei por fazer um curso de direçâo de atores, outro de Produçâo e Realizaçâo do Audiovisual e 2 de Escrita Criativa.
Nunca deixei de ser alvo de preconceito e nunca evitei de fazer as coisas, de experimentar e de ver se era ou não capaz. Pior que nâo fazer, é nunca ter tentado.
Por isso custa ao darmos entrevistas, lermos como resultado final, coisas que nâo foram ditas ou nâo foram entendidas.
Aqui está um contrasenso. Por um lado, era o sonho em ser Ator, mas antes em rodapé diz que comecei a arte da representaçâo.
Algumas das entrevistas falam do que nâo foi dito. Algumas confundiram ter frequentado uma licenciatura, com a mesma concluída. Outras continuam a escrever que o meu sonho é ser Ator, coisa que eu já sou desde os 19 anos. No Programa " Julia", ainda meteram em rodapé, que eu entrei em mais ou menos 50 figuraçôes, mentira! que nem sequer em 50 projetos televisivos fiz, apenas; 7 novelas, 6 séries e só numa delas, fui ator adicional de elenco ou seja na série "Liberdade 21" da Rtp.
Quando se dá entrevistas, é sobre o que se fez, como e qual o resultado, bem como projetos futuros. Se dizemos que frequentámos uma licenciatura, nâo significa que a tivéssemos terminado caso contrário, diriamos que temos uma licenciatura em...!
Espero que de um vez por todas, percebam que sou ATOR, nâo figurante e que lutei sempre e procurei aprender e me capacitar de ferramentas para poder mostrar depois, o que aprendi e crescer como ATOR!
Aqui está o cartâo que me identifica como ATOR!
Algo que me calhou inesperdmente em votçâo na net em Janeiro de 2015. Isto é de algum figurante? Nâo, é de um portador de deficiência visual, que em televisâo nâo lhe dâo o benefìcio da dúvida! Ao contrário do cinema!
Graças ao realizdor Edgar Pêra, que acreditou em mim e me convidou para fazer parte do filme "O Barâo" e em "Delírio em Las Vedras", ambos com o saudoso Nuno Melo.
O Edgar Pêra, disse uma coisa que me ficou na memória e que contextualiza, o que me definem na televisâo, segundo ele (Sou um Ator Meteorítico, mas nâo menos Importante).
Neste filme, fui um dos protagonistas e chamava-se "Four Of a Kind - Poker"
Nas fotos em cima foi do filme "O Esquema", onde desempenhei o papel de antagonista "Boris". A foto seguinte, é de um exercício de uma peça de teatro, naqual fazia parte de uma formaçâo de atores.
Nestas 2 fotos, foi um convite no qual tive a honra de poder assistir e até em parte colaborar nas dobragens de "DragonBall", um convite generoso do Ator/Fadista Joâo Loy.
Esta foi a peça que até hoje, mais nenhuma me deu, uma repercussâo no final, quando surpeendi até o elenco de trejeitos e manias de um doente mental, cuja peça era " Hospicio" de Peter Weiss.
Estas fotos, sâo de uma peça no Teatro Maria Matos e as seguintes, 1 filme "Sans Arm" e a seguinte, um conto de Natal para a Rtp, escrita pela Catarina Furtado "O Burco", onde eu desempenho o "encarregado da Obra" com o Albano Jerónimo e uma colaboraçâo do Tiago Betencour.
Tenho este blog, que serve para colocar o que é bom e o que me parece ser injusto.
No entanto, sou muito para além de ator. Fui Juiz Social Suplente do Tribunl de Família e Menores, entre 2015/20217 e este ano 2023, volto a ser Juiz Social Efetivo, algo bem diferente do anterior ou seja, vou ter uma contribuiçâo ativa no Tribunal de Família e Menores.
Fica aqui o desmentido a todos os Órgâos de Comunicaçâo Social, que continuam a escrever que o meu sonho é ser ATOR
#Imprensaescrita
#atorrogeriorosa