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A Gazeta do Repórter

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Formação Profissional com Deficientes Visuais

15.09.22 | Rogério Rosa

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Depois de férias muito atribuladas, mas muito boas. Servem sempre para carregar baterias e de ler livros, que não se conseguem ler ao longo do ano, devido a muitas coisas que se têm de fazer. 

Setembro, de volta á realidade da vida quotidiana. Vida de trabalhos para uns, de cursos de formação para outros e de regresso ás aulas para os ensino básico, secundário e superior para outros ainda.

Voltei em Setembro com as espectativas de que poderia regressar ao teatro e á tv. Continuei a enviar mensagens para isso. Mas o preconceito é maior ainda. 

Regressei ao curso Técnico Auxiliar de Farmácia. Um curso que começou e continuou mal. Muita confusão, falta de comunicação, entre formandos e coordenação.Um mediador que sai e mais tarde, a coordenadora, que sai e é substituída. Leva algum tempo a sua substituição, a múltiplas alterações de cronograma. As discussões vão-se mantendo ao longo dos 8 meses de curso, antes das férias. 

Estamos a entrar num campo mais intenso, a procura de estágios, sitios, etc. No meu caso e por limitações de visão, estou mais limitado na procura. No entanto, uma coisa é certa, só posso ir para farmácias hospitalares. As comunitárias, é impossível. Imaginar estar numa farmácia, um estagiário com limitação visual, que encosta quase a cara no computador á frente do cliente ou, ir buscar uma caixa de medicamentos e encostar a cara para ver as datas de validade. Como seria que o cliente iria encarar ao entrar numa farmácia e visse aquela pessoa, a trabalhar ali com aquela postura? tem tanto direito ao estágio como quaquer outro? Será que os clientes iriam querer serem atendidas por outro colega ou iriam compreender?

A minha questão é, este curso de Farmácia é próprio para que deficientes visuais frequentem? Se for por sistema online, sem dúvida que sim, pois individualmente pode ler e escrever sem que haja olhares, mas se for presencial, obviamente que não. 

O preconceito é geral e em todas as categorias, que os deficientes possam desempenhar as suas funções. 

#rogeriorosa

 

 

 

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